No dia 17 novembro um grupo de professores e alunos juntamente com a coordenadora escolar Joselia Pinheiro da Costa da E.E.M Antonio Albuquerque visitaram a cidade de Redenção na região norte do estado do Ceará, especificamente ao Museu do Negro Liberto. A visita a esta cidade fez parte de uma série de ações interdisciplinares que foram planejadas pela coordenadora pedagogica e professores da área de Ciências Humanas envolvendo as disciplinas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia e realizadas no decorrer do projeto sobre pluralidade Cultural, exaltando a questão da cultura Afro-descendente conforme descrito abaixo.
INTRODUÇÃO:
Esse trabalho foi idealizado a partir de reflexões sobre a questão étnica e social em nossa escola. Amparadas na Lei n° 10.639/03-MEC, “que institui a obrigatoriedade do ensino da história da África e dos africanos no currículo escolar do ensino fundamental e médio” (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, p.8/2005), buscamos desenvolver um projeto voltado para nossas raízes, resgatando a cultura e história da África, para com isso, entender nossa relação estreita com esse continente e identificarmos a nossa identidade afro-brasileira. Ao estudar a África não se pode entender “como volta ao passado, mas como necessidade fundamental para construção de uma identidade própria” (Elisa Larkin, p.17/1994), história viva e com uma perspectiva de futuro próspero para todos nós descendentes do continente africano.
OBJETIVO GERAL:
Trabalhar a Afro-desendência de forma interdisciplinar, formando assim um elo de conhecimento sobre as questões que envolvem o povo africano e seus descendentes no Brasil.
OBJETIVO ESPECÍFICO:
Identificar e combater as formas de preconceito e discriminação raciais existente na sociedade e reproduzidos no ambiente escolar;
Resgatar o sentimento de auto-estima e a criatividade diante de situações de opressão.
Sensibilizar os alunos diante da condição desumana e de submissão atual dos excluídos da sociedade, a partir de uma visão critica da formação histórica, econômica e social do país
Formar cidadãos conscientes frente às diversas formas de preconceito racial.
Promover a inserção social igualitária, através do combate à discriminação e o preconceito racial, de forma a enfrentar o racismo brasileiro, valorizando e respeitando a diversidade humana.
Construir de maneira democrática uma visão social, sobre as diferenças existentes e valorizar a participação dos Afro-descendentes na construção do país.
Conhecer a história política, social, econômica e cultural do país, pertinentes a questão dos afro-descendentes, como uma forma de reflexão sobre a construção da identidade do aluno, dentro da diversidade da sociedade brasileira
METODOLOGIA:
O trabalho vem sendo desenvolvido com analise de imagens, nesse sentido, foram discutidas questões relativas ao saber histórico. Desenvolvimento de pesquisas, por meio da internet, abordando o conhecimento cultural dos povos colonizadores do nosso País. Utilização de diversos gêneros textuais que abordem injustiças sofridas pelos negros, em busca do conhecimento e da valorização das identidades culturais. Outras Atividades: Além das oficinas, foram realizadas palestras, Realização de excursão a Museu que retrata a cultural afro, seus descentes e seus modos de vida. Exposição, seminários compreendendo as manifestações no tempo e no espaço, situando-os no contexto da realidade sócio política e sua interferência nas transformações sociais. Todas essas iniciativas visam fortalecer a troca de saberes sobre a cultura popular, bem como aumentar a consciência dos envolvidos sobre sua importância, inclusive, em termos políticos.
RESULTADOS:
Os resultados mais significativos se referem ao envolvimento e participação dos alunos. Durante a realização de todas as atividades havia um público circulante sempre muito entusiasmado. Quanto à Exposição, os participantes contaram com a apresentação de painéis com trabalhos produzidos em todas as oficinas, escolhidos em conjunto pelos participantes. Entendemos que o processo educacional não se restringe ao espaço da escola e que o trabalho com as comunidades pode se constituir em importante instrumento para a construção e reconstrução de valores na sociedade. Instrumento que, a partir da cultura, pretende estabelecer um espaço de crítica e revalorização das alteridades. Por outro lado, atribuir positividade a si mesmo e a seu grupo de pertencimento é questão fundamental para o pleno desenvolvimento do indivíduo e para a conquista de espaços de cidadania.